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(Resenha) O Pacto - Joe Hill


Sinopse: Ignatius Perrish sempre foi um homem bom. Tinha uma família unida e privilegiada, um irmão que era seu grande companheiro, um amigo inseparável e, muito cedo, conheceu Merrin, o amor de sua vida.
Até que uma tragédia põe fim a toda essa felicidade. Merrin é estuprada e morta e ele passa a ser o principal suspeito. Embora não haja evidências que o incriminem, também não há nada que prove sua inocência. Todos na cidade acreditam que ele é um monstro.
Um ano depois, Ig acorda de uma bebedeira com uma dor de cabeça infernal e chifres em suas têmporas. Descobre também algo assustador: ao vê-lo, as pessoas não reagem com espanto e horror, como seria de esperar. Em vez disso, entram numa espécie de transe e revelam seus pecados mais inconfessáveis.
Um médico, o padre, seus pais e até sua querida avó, ninguém está imune a Ig. E todos contra ele. Porém, a mais dolorosa das confissões é a de seus irmão, que sempre soube quem era o assassino de Merrin, mas não podia contar a verdade. Até agora.

Sozinho, sem ter aonde ir ou a quem recorrer, Ig vai descobrir que, quando as pessoas que você ama lhe viram as costas e sua vida se torna um inferno, ser o diabo não é tão mau assim.

Resenha:

Parece que finalmente vi que Joe Hill é capaz de escreve algo que não te bota pra dormir. Nada contra seu outro livro “Estrada da Noite”, mas sinceramente, houve alguns momentos em que quis jogar o livro na parede.

Com “O Pacto” o negócio foi diferente. Apesar do livro ficar sempre numa espécie de círculo vicioso. Hora no presente, hora no passado, hora no passado de novo e assim por diante. A cada capítulo vamos descobrindo mais informações e o lado negro de cada personagem.

Em “O Pacto” nos deparamos com Ig Perrish, um homem que está no inferno desde a morte de sua namorada. Ele é o principal suspeito pelo crime. Um ano após o crime e depois de uma tremenda bebedeira. Ig acorda com chifres na testa. Apesar do susto inicial, ele aos poucos vai descobrindo que os chifres têm o poder de fazer com que as pessoas confessem seus segredos mais obscuros, sinistros, bizarros e engraçados (Depende do seu ponto de vista, como meu humor é negro, achei pra lá de hilário) E estou falando da confissão dos policiais, quem já leu o livro sabe do que estou falando.

E é assim que Ig acaba descobrindo quem é o assassino da namorada.
Depois da grande revelação (Que ao meu ver não é tão grande, já que no 3º capítulo eu meio que desconfiei) somos levados por um tour ao passado e vemos como Ig e Merrin se conheceram. Também vemos sua relação com o irmão e amigos.

O legal do livro é que o autor mexe com a nossa cabeça, hora odiamos Merrin e hora sentimos pena. E não só com ela, mas com outros personagens também.
Outro detalhe é como a mente do assassino funciona e tudo o que ele faz para não ser pego. É claro que em alguns momentos sentimos pena do cara, mas outras nem tanto.


Como disse no início da resenha, Joe Hill aprendeu a não botar seus leitores para dormir. Se você ficou com sono lendo “Estrada da Noite” com “O Pacto” vai sentir o oposto.

Comentários

  1. Tenho que ler esse então, pois li Estrada da noite e não gostei. Achei bem parado também. Vou comprar, pois sempre vejo em promoção no sub.

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