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(Resenha) Otelo - O Mouro de Veneza - William Shakespeare



Sinopse: Otelo é das mais importantes peças de William Shakespeare. Iago, alferes de Otelo, não suporta ver outra pessoa ocupar o posto de tenente que pretendia. Já Otelo, um nobre mouro a serviço do Estado, não acredita que possui qualidades suficientes para manter ao seu lado uma mulher jovem e bonita como Desdêmona. Iago, tomado pela inveja e sentimentos malévolos, acusa Desdêmona de infidelidade e busca a destruição de Otelo.

Resenha:

Não! Vocês não estão vendo coisas. E não fui abduzida por Ets e sofri uma lavagem cerebral. Sim, eu li uma peça de Shakespeare.
Na verdade, ler Otelo era um sonho que tinha desde os 16 anos, quando fui obrigada a fazer um trabalho (Em grupo) de literatura sobre o autor. Além da biografia, tínhamos que ler ou assistir um filme baseado em uma de suas obras. A professora deu duas opções: Otelo, já que havia uma nova versão nas locadoras ou Romeu e Julieta, na época havia uma versão no cinema. Aquela com o Leonardo DiCaprio.

Como não sou fã de Romeu e Julieta, eu meio que obriguei o meu grupo a ir numa locadora e alugar Otelo. Alugamos o VHS (Sim... VHS) e marcamos de assistir na casa da única menina que tinha vídeo-cassete em casa. Naquela época nem todo mundo tinha certos aparelhos em casa.

O filme foi bacana, até porque as mortes são interessantes. Elas são a obra de arte de um cara hiper invejoso. Enfim, depois de assistir o filme, fiquei com vontade de ler a peça, mas como na época livros eram meus inimigos mortais, deixei pra lá.

Então, dezessete anos depois, lá estou eu olhando livros no site da Saraiva e vejo Otelo (Versão de bolso) no valor de 9,90 e como uma das minhas metas para este ano é ler livros clássicos. Já que quero testar a teoria de que... Após você ler os dito livros modinha, a leitura se torna algo mais fácil e prazeroso, que até dá pra ler um livro clássico sem problemas. E vou dizer uma coisa... Acho que minha teoria tem fundamento.

Li Otelo em um dia e me surpreendi com a velocidade com que li e entendi. Não vou mentir a linguagem é clássica ao extremo. Afinal, estamos falando do período Elisabetano. E sim, é uma obra de Shakespeare e como bom dramaturgo, no sentido drama ao extremo, temos muitas mortes, personagens sofridos e muitas lamentações. Mas a leitura (Pra mim ao menos) não foi cansativa ou chata. Talvez com 33 anos, o meu cérebro finalmente começou a amadurecer. Ou então, enlouqueci de vez.

O motivo que me fez gostar tanto da trama se chama Iago, homem de confiança de Otelo, mas que lá no fundo despreza o patrão.
Iago odeia tanto, mais tanto Otelo, que cria uma teia de mentiras para destruir o patrão. O cidadão usa a máscara da honestidade, mas lá no fundo está fazendo o possível e o impossível para puxar o tapete dos outros. Ele se beneficia do amor que Rodrigo tem pela mulher de Otelo para tirar do coitado dinheiro. Ou joias, no caso. Ataca Cassio, tenente de Otelo, com sua fraqueza por bebida, só para o coitado perder o posto e ainda o aconselha a procurar Desdêmona (Mulher de Otelo) para que ela convença o marido a devolver-lhe o cargo. E para terminar, envenena o patrão dizendo que Cassio está tendo um caso com sua esposa. E só por causa dessa mente, brilhante... Má, é claro, mas brilhante, que Iago entrou para minha galeria de vilões favoritos. 

Comentários

  1. Já li varias peças de Shakespeare, mas essa ainda não li. Eu gosto da narrativa dele apesar de ser um pouco difícil de ler. Tristão e Isolda é a minha preferida.

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