Título: Sangue Quente
Autor: Isaac Marion
Páginas: 256
Editora: Leya
Sinopse: Em algum momento da história, os zumbis apareceram e agora o mundo está destruído. Os humanos normais fugiram para dentro dos enormes estádios de futebol e lá criaram suas pequenas comunidades. Mas nossa história é contada do ponto de vista de R, um zumbi que se arrasta como os outros, caça como os outros, come carne e cérebros (a mais fina iguaria) como os outros, mas que, às vezes, tem sonhos de como era ser humano, tenta se lembrar de sua vida anterior e filosofa sobre isso.
Um dia, em uma caçada, R encontra Julie e , no meio da carnificina que seu grupo impõe ao dela, algo o impede de matá-la. mas o que aconteceu? Será que ela é diferente? É possível haver atração entre humanos e zumbis? Serão eles Romeu e Julieta de um mundo pós-apocalíptico?
Resenha:
Terminei esse livro há quase uma semana e ainda estou na dúvida, qual era mensagem que o autor queria passar?
Acho que todos sabem que este livro foi adaptado ao cinema e que aqui no Brasil recebeu o nome de “Meu Namorado é um Zumbi”. Eu sinceramente não entendo como é feita a tradução dos títulos dos filmes aqui no Brasil. É cada nome que saí. Enfim...
Quando ouvi falar sobre o filme, finalmente passei a entender o que os fãs mais fanáticos sobre histórias de vampiro sentiram quando Crepúsculo foi lançado.
Adoro zumbis. Sou viciada em Resident Evil, mas ver um zumbi se comportando como humano e ainda por cima de namoro com uma humana, era demais pra minha cabeça. Daqui a pouco vão fazer uma humana apaixonada por um curupira.
Confesso que vi o filme antes de ler o livro. E é claro que o filme (Pra mim) foi meia boca. Mas mesmo assim decidi que um dia leria o livro. Comprei o bendito no ano passado e o deixei mofando na minha pilha de livros. Até que um dia decidi lê-lo.
O livro não é tão ruim. Tem ritmo, os fatos são apresentados aos poucos. Porém, acho que o livro deveria ter sido narrado pela garota. Nada contra o R, o zumbi, mas é que para um zumbi, que mal se lembra do nome, nada sobre seu passado e nem o nome de algumas coisas, o cara tem uma dicção melhor do que muito humano. O cara tem pensamentos profundos e muito filosóficos. Tudo bem que após devorar o cérebro de um personagem X, é aceitável ver R tendo debates filosóficos em sua mente. Mas e antes? Como explicar o fato do cara ser tão profundo? Esse detalhe me deixou um pouco confusa.
Confusa não seria a palavra correta. Na verdade, ainda estou procurando por uma. Após terminar o livro fiquei com uma teoria na cabeça “E se tudo isso for uma grande piada do autor?”.
“Sangue Quente” foi publicado lá fora no ano de 2009. Bem no auge da Série Crepúsculo. E ao ler o trabalho autor, senti uma leve pitada de zoeira com relação ao fato de uma criatura tão bizarra se apaixonar por uma humana sem atrativos, mas que causam uma revolução biológica e comportamental.
Se essa foi a intenção do autor, devo tirar o chapéu.
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