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Resenha - Filme: Negação



Título: Negação (Denial) 
Elenco: Rachel Weisz, Tom Wilkinson, Timothy Spall e Andrew Scott.
Direção: Mick Jackson.
Ano: 2016

Sinopse: Deborah Lipstadt é uma conceituada pesquisadora que em seu livro ataca veementemente o historiador David Irving, que prega que o holocausto não existiu e é uma invenção dos judeus para lucrar mais. Julgando-se prejudicado pelo que foi publicado, Irving entra com um processo por difamação contra Deborah. Só que, pelas leis britânicas, em casos do tipo é a ré quem precisa provar a veracidade da acusação.
Logo ela se vê em uma disputa judicial que, mais do que envolver dois estudiosos da História, pode colocar em dúvida a morte de milhares de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. 

Resenha:  Antes de começar a resenha, gostaria de escrever um trecho do filme (Prometo que isso tem um propósito), vamos ao trecho.

A Negação do holocausto repousa sobre 4 afirmações básicas.

Nº 1 - Que nunca houve qualquer tentativa sistemática pelos nazista para matar todos os judeus da Europa.
Nº 2 - Que os números são muito menos que 5 ou 6 milhões.
Nº 3 - Que não houve câmaras de gás ou instalações de extermínio especialmente construídas.
Nº 4 - Que o holocausto é portanto, um mito, inventado por judeus, para obter uma compensação financeira e para promover os destinos do estado de Israel. 

Guerra… Os negadores dizem “É um negócio sangrento, não há nada de especial sobre os judeus, eles são únicos no seu sofrimento, eles são apenas vítimas diárias da guerra, por que tanto barulho?”.

Decidi ver esse filme por indicação de um canal no youtube. Quando vi que se tratava de uma trama relacionada ao holocausto, minha curiosidade ficou aguçada.
Procurei o filme na Netflix, e ainda bem que estava disponível. Como dá pra ver pela sinopse e o trecho acima, o filme fala sobre uma disputa judicial para provar a veracidade do holocausto.

Negação não foi um filme fácil de ser visto, já que aqui no Brasil passamos por uma epidemia de negacionismo. Ao ver o filme vi como é difícil para historiadores sérios e honestos manter o acontecimento dos fatos vivo e fiel aos que viveram naquela época. 
Um dos momentos mais emocionantes, foi a visita da historiadora Deborah a Auschwitz, e a explicação de como o campo funcionava.
Outro momento do filme e que para mim, só serviu para provar como as pessoas são capazes de distorcer a verdade, apenas para defender suas ideias ideológicas. 

E sim, não tem como não assistir a esse filme e não pensar automaticamente no que está acontecendo no Brasil. Como fatos científicos são jogados no vaso sanitário, apenas para provar sua ideologia estúpida, sem se importar que milhares de pessoas vão morrer em consequência disso.   Todos os dias vejo pessoas negando o óbvio, se recusando a acreditar no perigo de uma doença, que já matou em dois meses mais de 19 mil brasileiros, ou fazendo piada a respeito. 

Lembra do trecho do filme que escrevi lá no começo, pois bem, agora vamos a nossa versão brasileira. 

“Tem a questão do coronavírus que também ao meu entender tá sendo superdimensionado o poder destruidor desse vírus”.

“Brevemente o povo saberá que foram enganados por esses governadores e por grande parte da mídia nessa questão do coronavírus”.

“Essa epidemia simplesmente não existe… Você não tem na verdade, não tem um único caso confirmado de morte por coronavírus”. 

“Eu acho que não vai chegar a esse ponto, até porque o brasileiro tem que ser estudado, ele não pega nada, vê o cara pulando em esgoto. Ele sai, mergulha e não acontece nada com ele”.

“E daí? Lamento. Quer que faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”.



Trailer - Negação


O filme está disponível na Netflix.

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