Sinopse: Na noite de réveillon, Bia é abandonada por Arthur, o namorado de três anos com quem já morava há dois e pretendia se casar em um. À beira dos trinta, isso é uma tragédia, pois o que era para dar certo já tinha que ter dado e o que deu errado não dá mais tempo de consertar, ou seja se não se casar até os trinta, Bia estará condenada ao calabouço da solteirice, brigando pelo buquê nas festas de casamento e conhecendo homens que mentem a idade, o estado civil e a foto na internet. Mariana acha que a melhor amiga está exagerando, pois até um pé na bunda te empurra para frente. "Reiventar-se" é A palavra! Porém para isso, Bia precisa ir para o lugar onde todo mundo vai quando dá essas loucas. Londres. E concorrer à vaga de emprego mais disputada do século XXI. Mais será que uma mudança pode mesmo dar certo quando se leva na bagagem uma estória tão mal resolvida?
Sabe aquelas situações em que você deve sair da sua zona de conforto. Bem, é o que ando fazendo com os livros.
O tipo de literatura que amo é a fantástica. Então quando decidi ler o livro "Você Tem Meia Hora" da autora Camila Nascimento Silva eu sai na contra-mão feito uma motorista bêbada e com a carteira apreendida.
O livro da Camila poderia ser classificado como Chick-lit, embora algumas situações apresentadas na história já tenham acontecido com um amigo meu. Quando ele usou do elixir da beleza (Cerveja, batida, vodca) e catou a primeira que viu e deu um trato na mulher num canto escuro da boate. E depois que a bebedeira passou, ele viu o canhão que ele pegou.
Enfim, eu diria que o livro pode ser lido tanto por mulheres quanto por homens.
Já era o tempo em que os homens eram taxados como insensíveis e só curtem literatura erótica barata e filmes do Jean Claude Van Damme. Sou mulher, mas não consigo sair em defesa daquelas mulheres que taxam homens como trogloditas, ou pior, brinquedinhos sexuais. Com as belas frases "Homens são todos iguais" "Ah! Eu faço o mesmo que eles, uso e depois jogo fora"
Eu não gostaria de ser jogada fora, logo, não faria o mesmo. Todos nós somos humanos e não um pedaço de carne exposto no freezer de um açougue.
Bem, agora que já expus minha filosofia de barraquinha de pastel da esquina, vamos a resenha.
"Você Tem Meia Hora" conta a história de Bia, uma aeromoça que leva o pé na bunda do noivo de três anos, na véspera de ano novo. Após a separação Bia entra num estado profundo de depressão, com direito a bebedeiras, sujeira no apartamento, choro compulsivo e sexo com estranhos em boates.
Então sua melhor amiga, Mariana sai em seu socorro, com a ideia de que Bia precisa se candidatar a uma vaga de emprego em Londres.
Não precisa nem dizer que Bia reluta, já que ela tem a esperança que seu noivo - Arthur - vai aparecer e tudo vai voltar a ser como antes.
Após muita insistência de Mariana, Bia topa e acaba conseguindo a vaga. Ela se muda para Londres e vai viver com seu amigo Olli e de quebra ao lado de um vizinho gostosão - Dyllan. Pelo jeito que ele é descrito, eu imaginei o ator Jared Padalecki (Bem, eu acho o cara gostoso). Pra quem não conhece o ator, ele interpreta o Sam da Série de Tv Sobrenatural.
Bia e Dyllan se envolvem e começam um relacionamento quente, mas cheio de neuras por parte de Bia, que fica o tempo todo com o pé atrás, esperando o momento em que vai levar outro pé na bunda.
Agora vamos aos personagens:
Bia - Devo confessar que no começo não gostei muito dela. Afinal, eu não suporto mulheres que ficam sofrendo por causa do marido, noivo ou namorado. Acabou, acabou, levanta a cabeça e parte pra outra. Mas no final ela ganhou alguns pontos.
Mariana - Ela é a amiga do peito, pronta para dar aquela levantada na moral, mesmo que ela tenha evaporado. Eu me vi um pouco nela. Também tenho uma amiga de infância igual a Bia. Todas as vezes que ela levava um pé na bunda, eu aparecia e fazia igual a modelista do desenho "Os Incríveis", pegava um jornal, batia na cara da minha amiga e dizia "Para com isso mulher!" É! Eu sou um poço de delicadeza.
Olli - O cara é uma figura. Dei altas gargalhadas com ele.
Dyllan (O gostosão) - Ele assim como a Bia não me cativou no começo. mas conforme a história ia passando deu para ver que ele não era só gostosura, também tinha senso de humor, simpatia e luta pelo que quer.
Arthur - Ao contrário do que deveria, não o odiei. Ele terminou com a Bia, pois o pavor da responsabilidade caiu como uma avalanche. E atire a primeira pedra quem nunca teve um frio na barriga quando viu seu relacionamento ficar sério ou cair na mesmice. Só achei que ele foi muito besta em aparecer depois de tanto tempo e querer perdão.
Outro assunto que a autora aborda na história, é o pavor de entrar na casa dos trinta.
Eu tenho 31 e pra mim 30 é só um número. Não fiquei neurótica, sei lá não consigo entender a neurose dos 30 anos, que não só acomete as mulheres, mas os homens também.
"Você Tem Meia Hora" não é o meu tipo de literatura favorito, mas eu devorei as páginas com o mesmo entusiasmo que devoro os livros mágicos e cheios de mistério.
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