Título: Meu Nome é Ray.
Elenco: Elle Fanning, Naomi Watts, Susan Sarandon, Sam Trammel e Linda Emond.
Direção: Gaby Dellal.
Ano: 2015.
Sinopse: Ray nasceu mulher, mas nunca se identificou com o gênero e se prepara para fazer a cirurgia de redesignação de gênero. Sua mãe Maggie, tenta encontrar a melhor forma de lidar com a questão, mas a avó homossexual de Ray, Dolly, recusa-se a aceitar a resolução e cria um conflito familiar.
Resenha: Este é mais um filme que tenta falar sobre os transgêneros e infelizmente não cumpre com sua tarefa. A questão dos transgêneros, assim como de outras sexualidades ainda se mantém complexos e confusos para boa parte das pessoas.
Transsexualidade só não é confuso para quem é. Assim como não é confuso para os pansexuais, assexuais, demisexuais, e tantos outros que não lembro agora.
Precisamos entender que durante muito tempo só existia na cabeça das pessoas, homossexuais, héteros e bissexuais, sendo que o 3º sempre foi visto como conto da carochinha, já que muitos acham que não dá pra sentir atração por homens e mulheres.
Porém, de uns anos pra cá a coisa mudou e descobrimos que há uma grande diversidade. O problema é que não há uma diversidade de informações, e nem gente disposta em explicar de forma simples, e quando decidem fazer um filme sobre o tema, sempre deixam brechas para os preconceitos.
Com Meu Nome é Ray não é diferente. Teve uma cena que me deixou extremamente chateada.
No início do filme parece que Ray quer passar pela transição para finalmente se sentir completo e feliz consigo mesmo, porém, num determinado momento do filme parece que ele só quer passar pela transição porque quer conquistar uma garota, que é 100% hétero e que apenas o vê como menina. Não há garantias de que quando a transição acontecer, ela irá vê-lo como menino, ou até mesmo que vai se apaixonar por ele.
Achei inapropriado colocar isso no filme, já que é o que mais os transfóbicos criticam, de que na verdade, tanto homens quanto mulheres trans são apenas homossexuais que querem ser melhor aceitos, sendo que não é bem assim.
Meu Nome é Ray não é um filme ruim. Ele é regular no quesito transgênero, mas é ótimo para mostrar o choque de gerações entre avó, mãe e neto, e o quanto a família de Ray é disfuncional. Ele é o único da família que não fica causando. O filme vale a pena pela família e seus dramas.
Tem na Netflix, por enquanto.
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